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Ler Gramsci: para pensar a política e a educação
Os cenários brasileiro e mundial nos colocam diante de várias questões, sendo uma das mais relevantes, pensar como se constrói uma concepção de mundo, de sociedade e de indivíduo em contextos ultraneoliberais e de retrocessos políticos autoritários. Para dialogar com essa questão, que em certa medida também foi proposta por Gramsci, sobre como se elabora uma concepção de mundo, se im-posta e desagregada, ou consciente e crítica, neste livro apresentamos reflexões a partir de aspectos da política e da educação em contextos internacionais e nacionais.
Cada volume dessa obra foi organizado a partir de dois eixos. O volume 1 engloba formação docente e educação linguística, incluindo os “estudos dessas áreas na infância, campo promissor que vem redesenhando caminhos e plantando sementes na fertilidade do cerrado inhumense” (EGIDO et al., 2021).
O volume 2 traz as contribuições dos autores e autoras para os estudos dos letramentos e da interculturalidade, relacionados aos eixos sistema remoto e diversidade, por meio dos quais construímos e reconstruímos as nossas relações com as diferentes linguagens exigidas pelas mudanças no cotidiano de cada um de nós.
Não encontraríamos uma ideia melhor para ressignificar quem somos nos, professoras e professores: seres que vivemos, convivemos, resistimos e reexistimos na “invencionática”, a arte de (re)inventar. De repente, informática e invencionática se (con)fundem! O desafio de realizarmos esse evento virtualmente nos proporcionou experiências que acrescentaram muito as nossas vidas profissionais e pessoais. Os espaços físicos foram encurtados e a comunicação e o acesso a novos conhecimentos se tornaram mais fluidos. Nossas salas de aula mediadas pelas tecnologias nos ajudaram a entender, por exemplo, que muitas pessoas não tem acesso a internet, e que, em muitos casos, quando tem, não e suficiente para atender as demandas educacionais. Os tempos inéditos, a que nos referimos no titulo desta obra e na temática do evento, são aqueles acarretados pelo momento pandêmico, que nos fez chorar e nos distanciar, intensificar vulnerabilidades e desvelar maldades e incredulidades, mas que também nos fez reconhecer e valorizar o contato, mesmo que distante, que temos com os nossos familiares, colegas de trabalho, alunas e alunos. E justamente nesta sintonia dos tempos inéditos que nos propomos, e com este intuito convidamos as autoras e os autores, de diferentes locais do Brasil, a compartilharem suas praxiologias sobre formação docente e educação linguística.
Os cenários brasileiro e mundial nos colocam diante de várias questões, sendo uma das mais relevantes, pensar como se constrói uma concepção de mundo, de sociedade e de indivíduo em contextos ultraneoliberais e de retrocessos políticos autoritários. Para dialogar com essa questão, que em certa medida também foi proposta por Gramsci, sobre como se elabora uma concepção de mundo, se im-posta e desagregada, ou consciente e crítica, neste livro apresentamos reflexões a partir de aspectos da política e da educação em contextos internacionais e nacionais.
O livro “Gestão, Educação e Tecnologia: diálogos teóricos e práticos” traz discussões propostas, em nível teórico e prático, por pesquisadores de diversos estados do país e da Argentina sobre os três eixos propostos no título.
Gestão, Educação e Tecnologias são temas que se entrelaçam e, neste momento em que vivemos um contexto singular de pandemia, por conta da COVID-19, o diálogo entre eles está ainda mais evidente.
Ao se colocar o desafio de discutir as relações entre educação, gestão e tecnologias, suas concepções e sentidos este livro coloca em questão diversas dimensões do trabalho docente. O trabalho se constitui como momento de humanização do homem, que ocorre no movimento contraditórios de relação entre as condições objetivas e subjetivas dos sujeitos coletivos e suas produções. As discussões sobre educação, no contexto da gestão das tecnologias precisa superar o imediato, o fetichismo, o praticismo, a individualidade e tanto outros elementos que fundamentam a lógica do capital, pois tal adesão se atrela a uma sociedade desigual, para poucos e nos permite viver na pandemia o pandemônio.