Nasceu em Inhumas, Goiás, em 07 de novembro de 1987. Filha caçula de Maria de Fátima Ferreira da Silva e Carlos José da Silva, irmão Diogo Ezídio. Mãe das princesas Pétalla e Penélope que são pontos incandescentes de luz nesse mundo de obscuridades. Desde criança, sua mãe a incentivava à leitura sempre presenteando-a com livros infantis. No ensino fundamental, se apaixonou ainda mais pela literatura quando descobriu Edgar Allan Poe empoeirado na estante da biblioteca. Foi amor à primeira leitura. Nunca imaginou que pudesse conter tanto mistério e suspense em contos, bem como a dor transformada em poema por Poe. Herdou de seu pai não apenas o gosto pelo velho e bom rock’n’roll, mas também o gosto pelo cinema de terror/horror. As tardes em que assistia Contos da Crypta com o pai eram mágicas e fascinantes. Rendeu-lhe alguns pesadelos, mas sobretudo criatividade para transformá-los em contos com as palavras. Além de mudar a forma de encarar a vida e a morte. Portanto não podia trilhar outro caminho a não ser o das letras. Graduou-se em Letras – Português/Inglês pela Universidade Estadual de Goiás de Inhumas-Go em 2018. Momento único na vida em que pode conhecer professores e colegas maravilhosos que marcaram para sempre sua vida. Não só de teorias e autores renomados foi marcada sua trajetória acadêmica, mais ainda de interação humana, de contato com produções autônomas fantásticas, de histórias de vida fabulosas, de eventos, de saraus e de toda a magia proporcionada pela universidade. Dias difíceis vieram e se foram, ainda assim conseguiu concluir sua sonhada graduação. Escorpiana e de um sexto sentido aguçado, a autora publica seu primeiro livro Novembro Negro, na crença de que este possa alcançar algumas almas dilaceradas como a sua foi. Espera deixar assim, seu legado. Sente-se deslocada como Florbela Espanca: “O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!” E nessa angústia e saudade do que ainda não viu, a autora segura na mão de Augusto dos Anjos para sair cantando sobre os ossos do caminho a poesia de tudo quanto é morto, e assim, compor mais uma poetisa do hediondo.
Laodicéia Ferreira
Por Luiz Carlos em 03/05/2021
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